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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

[re]direcionar[me]


::metamorfose::

abandonar as horas mortas da memória

libertar-me de palavras desabridas com que me tolham os sonhos.

assumir um outro rumo.

intentar uma nova sorte.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

[é de água o teu silêncio]


...nua...

...na minha pele, a volúpia de te sentir... 

[envolta no teu sangue][submersa em ti][doce delíquio do meu ser] 



.nas.tuas.águas.de.ledo.enlevo.regresso.me.



pic

domingo, 30 de setembro de 2012

[re-nascimento]


só em ti
 encontrei
 descanso 
paz 

*** 

o peso do mundo vergava-me a vontade. quanto mais compadecida, quanto mais débil... 
quase, quase insignificante. 

*** 

só em ti, encontro descanso, paz... 
só em ti... 
os meus olhos, agora sem névoa, vêem-te... 
os meus ouvidos, por fim equilibrados, ouvem-te... 
nos meus pés, a tua essência... 
sinto-o-teu-perfume-a-vaguear-livre-no-plasma-que-flui-nas-minhas-veias... 
sei-me, finalmente, livre. 
novamente, livre... 

domingo, 2 de setembro de 2012

[intro]inspecção


como nuvens pelo céu
passam os sonhos por mim.
nenhum dos sonhos é meu
embora eu os sonhe assim. 

são coisas no alto que são
enquanto a vista as conhece,
depois são sombras que vão
pelo campo que arrefece.

símbolos? sonhos? quem torna
meu coração ao que foi?
que dor de mim me transtorna?
que coisa inútil me dói?

fernando pessoa

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

[raizes]


novamente?
sim.  
não te aborrecem as mudanças?

não. 
enfadonha-me
prolongar-me
no-mesmo-espaço-no-mesmo-tempo

assim, nunca criarás raízes.

raízes?
não.
jamais seria uma árvore. 
a ser, seria água. 
de rio ou de mar alto. 
beira-mar, também não. as ondas vão e vêm. indecisas... 
eu seria água, sim. 
de rio ou de mar alto. 
sempre em corrente... 

e para onde, agora?

para umas águas furtadas, com vista para o tejo.


Tecnologia do Blogger.

... aqui estou ...

Minha foto
sob o céu oblíquo de uma água-furtada, questionando a imensidão do mundo...

... nas águas furtadas ...


...tingem-se as paredes com a doce nicotina e ausculta-se a noite. dos lados da serra, o vento sussurra num gemido partilhado e a garganta aperta. acabou-se o álcool. a música percorre o tempo. pudesse eu viajar com ela e escutarias meus pensamentos perversos a propósito do teu corpo. os invejosos clamam aos deuses, por a ninfa me sorrir. talvez um dia eu me desforre doce amada.


vinicius de moraes


... passando por aqui ...

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